O Instituto Internacional de Macau (IIM) tem o prazer de anunciar os vencedores do Prémio Identidade para o corrente ano de 2022, após deliberação unânime tomada, de acordo com o respectivo regulamento, pelo júri, constituído pelos titulares dos seus órgãos sociais.
O Prémio Identidade é atribuído ex aequo à professora (Linda) Rika Naito e ao professor António Aresta que pelas suas obras e exemplos contribuíram e vêm contribuindo, activa e significantemente, para a substanciação dos factores da identidade de Macau.
É a primeira vez que o IIM atribui este Prémio a uma individualidade de nacionalidade estrangeira, como a Rika Naito, que lecciona Estudos sobre Macau nas universidades japonesas de Keio, Sophia e outras em Tóquio. Tendo estudado a língua portuguesa primeiro em Leiria e depois em Aveiro, licenciou-se em Língua Portuguesa na Universidade de Sophia, e obteve em 2009 um Mestrado pela Universidade Aberta de Tóquio, com a tese “Transformação da etnicidade macaense após a transferência de poderes”. Publicou vários livros em japonês sobre a Cultura, Gastronomia e Literatura Macaenses, tendo ganho o 19º. Prémio literário Rodrigues, o Intérprete, conferido pela Embaixada de Portugal no Japão em 2016.
O prof. António Manuel Borges Aresta que colabora regularmente num diário local, é licenciado e mestre em Filosofia pela Faculdade de Letras do Porto, onde também concluiu a parte curricular do doutoramento em Filosofia. Foi professor de Filosofia em Portugal, Macau e Moçambique. Dedica-se a investigar a história cultural de Macau e a história da filosofia, tendo vários livros publicados em prol da memória de Macau no Oriente, dos quais se citam os três volumes de Figuras de Jade, pelo IIM.
O Prémio Identidade, instituído em 2002, corporiza o mais nuclear espírito do IIM. Consagrado nas suas vocação e finalidades estatutárias, e destina-se a distinguir personalidades, individuais e colectivas, que, nos campos da Cultura em geral, nas Artes, no Pensamento, na Antropologia, nas Ciências Jurídicas e na Educação e Ensino tenham contribuído relevantemente para a substanciação dos factores da identidade de Macau.
Atribuído pela primeira vez em 2003, o Prémio Identidade contemplou, entre outras, figuras como o monsenhor Manuel Teixeira, o escritor e advogado Henrique de Senna Fernandes, o comendador Arnaldo de Oliveira Sales, o arquitecto e investigador António Pacheco Jorge da Silva, o arquitecto e artista Carlos Marreiros e o laureado designer Victor Hugo Marreiros, e instituições como a Diocese de Macau, a Santa Casa de da Misericórdia de Macau, a Universidade de Macau, a Casa de Macau em Portugal, o Club Lusitano de Hong Kong, a União Macaense Americana, a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, o Grupo Dóci Papiaçám di Macau, a Escola Portuguesa de Macau, o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes e as páginas digitais "Macanese Families" e Projecto Memória Macaense.